Foto Candidatas Mabel Canto e Elizabeth Schmidt realizam intenso debate nos últimos dias do segundo turno

Candidatas Mabel Canto e Elizabeth Schmidt realizam intenso debate nos últimos dias do segundo turno

O debate de ontem (24) entre as candidatas ao mandato à prefeitura de Ponta Grossa de 2025 a 2028, Mabel Canto (PSDB) e Elizabeth Schmidt (União), abordou temas variados e polêmicos. No primeiro bloco cada candidata teve dois minutos para apresentação. Mabel Canto iniciou destacando as recentes chuvas e a necessidade de uma gestão humanizada focada na população. Elizabeth Schmidt, atual prefeita, ressaltou os desafios enfrentados durante sua administração, o apoio de outros partidos durante este segundo turno e a atenção voltada aos bairros em seu governo.

No segundo bloco, as candidatas tiveram um confronto direto. A discussão seguiu com temas de saúde pública, onde Mabel criticou a ausência de um Pronto Atendimento Infantil (PAI) prometido por Elizabeth. Outros problemas mencionados diversas vezes por Mabel foram o fechamento do Hospital Municipal Doutor Amadeu Puppi, o Pronto Socorro Municipal (PSM) e a demora nas filas de atendimento. Elizabeth, por sua vez, destacou que as demandas de leitos e filas eram responsabilidade do Estado, e que durante sua gestão trabalhou para obter mais recursos para o sistema público de saúde. Mabel rebateu destacando o descaso com equipamentos médicos, como um tomógrafo abandonado, o que foi respondido por Elizabeth com a proposta de “gestão plena” na saúde, proposta que não foi detalhada pela atual prefeita.

O debate esquentou com a menção de pactos contra fake news e ataques pessoais, com Elizabeth acusando Mabel de ataques a sua família. Mabel rebateu, afirmando que a equipe de Elizabeth utilizava histórias do passado de seu pai e que circulavam vídeos falsos sobre sua irmã.

No terceiro bloco, perguntas de entidades locais aprofundaram temas específicos. Questionada sobre o escoamento da produção agropecuária, Mabel destacou a importância de manutenção de estradas rurais, enquanto Elizabeth falou sobre o projeto Caminhos do Agro. Quando perguntada sobre inclusão e acessibilidade, Elizabeth destacou normas para calçadas, enquanto Mabel apontou a baixa acessibilidade urbana e prometeu rotas acessíveis.

No quarto bloco, as candidatas tiveram liberdade para perguntar e responder. Elizabeth questionou a adversária a respeito da utilização de áreas públicas estratégicas, Mabel sugeriu hortas comunitárias e projetos de sustentabilidade, enquanto Elizabeth falou sobre o uso da área para ampliar o aeroporto local. Houve também discussão sobre o trânsito no centro da cidade, que Elizabeth defendeu o sistema de estacionamento EstaR, e Mabel propôs parcerias com estacionamentos privados.

A infraestrutura voltou a ser tema no quinto e último bloco, o que gerou divergências sobre a quilometragem de pavimentação e os recursos alocados. Elizabeth mencionou que o orçamento para 2025 contemplaria 350 milhões de reais em infraestrutura, e Mabel criticou a atualização dos dados apresentados pela prefeitura. O tema educação foi abordado com discussões sobre uniformes escolares e a participação de empresas locais nas licitações, com Mabel propondo um “vale-uniforme” para fomentar a economia local.

Ao fim do debate, as candidatas divergiram sobre a gestão urbana e de habitação, com Mabel destacando o déficit habitacional e propondo um projeto de lotes urbanizados. O debate expôs divergências entre as candidatas, com enfoques distintos em saúde, infraestrutura, habitação, e políticas de inclusão, refletindo as diferenças entre a atual gestão de Elizabeth e as propostas de renovação de Mabel.

 Foto: Guilherme Matavelli/aRede.

Texto: Tayná Landarin

 

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