Com investimento de seis milhões de euros (cerca de R$ 37,2 milhões na cotação atual), o equipamento irá equipar a nova estrutura que será instalada no Parque da Ciência Newton Freire Maia, em Pinhais, na Grande Curitiba.

Crédito da foto: Jonathan Campos/AEN
O governador Carlos Massa Ratinho Junior assinou nesta segunda-feira (29), durante a missão internacional à Alemanha, uma parceria com a Carl Zeiss para compra do equipamento de projeção para o novo planetário do Governo do Paraná. Com investimento de seis milhões de euros (cerca de R$ 37,2 milhões na cotação atual), a nova estrutura, que será instalada no Parque da Ciência Newton Freire Maia, em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), será a mais moderna da América Latina.
O Governo do Estado contratou a empresa Carl Zeiss para a aquisição do Sistema Híbrido Indissociável de Projeção para Planetário, no modelo Asterion Premium Velvet LED XI. O equipamento é um marco para a formação científica e o fomento à pesquisa, oferecendo ferramenta de aprendizagem inovadora voltada à estudantes da rede pública de ensino básico e superior, além de ampliar a inserção internacional do Estado em iniciativas de ciência e tecnologia.
“É um projeto que reúne educação, ciência, pesquisa, tecnologia e turismo. Vamos revitalizar o grande Parque da Ciência, sendo que esse planetário será o maior e mais moderno da América Latina. Contratamos a empresa alemã que inventou o planetário no mundo, e agora, com todos os investimentos que o Estado está fazendo no Parque da Ciência, vamos proporcionar um ambiente único para os visitantes”, afirmou Ratinho Junior.
Com a assinatura do termo de parceria, fica formalizada a cooperação científica e tecnológica entre a Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), responsável pela coordenação do processo, o Poder Executivo e a Zeiss, iniciando o processo de implantação do planetário no Parque da Ciência. A Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti) e a Fundação Araucária também participaram do processo. Após a finalização dos trâmites, o embarque do equipamento será efetuado no prazo máximo de 12 meses.
“Para os estudantes, será uma oportunidade de ter aulas práticas e experiências que poucos países do mundo conseguem oferecer. Além disso, falamos também de pesquisa, por meio da nossa academia e das nossas universidades, que poderão utilizar esse espaço para diversos tipos de aulas e aprendizado. No aspecto turístico, vamos abrir esse parque para a população do Paraná e do Brasil, transformando-o também em um ponto turístico do nosso Estado”, acrescentou o governador.
COMO SERÁ
O planetário do Parque da Ciência será capaz de simular o céu e a movimentação de mais de nove mil corpos celestes em alta definição. Também será possível projetar animações, shows, vídeos e outros conteúdos com resolução excepcional, proporcionando uma experiência imersiva de última geração. Estima-se que o espaço poderá receber 140 mil visitantes por ano, entre estudantes e visitantes em geral.
A estrutura será construída em madeira engenheirada, técnica que utiliza camadas de madeira coladas sob alta pressão para formar peças de grande resistência e estabilidade. Esse método permite menor emissão de carbono, maior eficiência estrutural e geração de menos resíduos quando comparado a técnicas convencionais de concreto ou aço.
A utilização de madeira engenheirada também contribui para a sustentabilidade do projeto, pois combina estética, leveza estrutural e durabilidade, possibilitando maior liberdade no design arquitetônico do planetário e de suas áreas de circulação interna, alinhando inovação construtiva com experiência imersiva para os visitantes.
O novo planetário contará com uma cúpula de 18 metros de diâmetro, auditório para 300 pessoas, salas multiuso, áreas expositivas e observatórios com telescópios. A área construída será de aproximadamente 5.500 metros quadrados. Além do sistema de projeção, o projeto prevê a realização de cursos, oficinas e eventos científicos que vão permitir o uso educativo contínuo do espaço, ampliando o impacto do planetário para estudantes, professores e a comunidade em geral.

Crédito da foto: Divulgação
O reitor da UEPG, Miguel Sanches Neto, destacou o papel da instituição de ensino superior para a consolidação da parceria com a Zeiss.
“A universidade tem um conhecimento consolidado nessa área e nós trabalhamos em conjunto com a Seti e com a Seed para que pudéssemos ter, no Paraná, esse importante equipamento. Trata-se de um recurso para pesquisa, que vai permitir não apenas avançar nos estudos, mas, principalmente, promover a divulgação científica”, disse. “É uma união do ensino superior com o ensino fundamental e a educação básica, para que possamos formar pessoas com conhecimento científico desde a juventude”, disse.
PARQUE DA CIÊNCIA
Além da construção do planetário, o Parque da Ciência passará por uma revitalização completa. Serão reformados os pavilhões existentes, implantadas novas passarelas e rotas acessíveis, além de melhorias nos serviços e infraestrutura, paisagismo e recuperação da trilha do Rio Canguiri. A modernização também inclui climatização, segurança, cabeamento estruturado, sinalização, prevenção e combate a incêndios, garantindo maior acessibilidade e conforto aos visitantes. O investimento previsto para essas intervenções é de mais de R$ 9 milhões.
Republicado da AEN